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Liderança e empreendedorismo feminino: O que te torna única? O que só você tem e faz, e mais ninguém?

  • Foto do escritor: SIMONE FETT
    SIMONE FETT
  • 16 de ago. de 2024
  • 5 min de leitura


Os desafios que as mulheres enfrentam todos os dias são gigantes. Dar conta da casa, da família, do trabalho, de problemas existenciais e que perseguem todas nós com dúvidas de quem nós somos, se merecemos estar onde estamos, ter o que temos. E a culpa eterna de que sempre estamos devendo, por estarmos ausentes das casas e dos filhos, dos problemas comportamentais que os filhos terão, de não conseguirmos fazer as mesmas entregas que os homens, pois além do trabalho, temos a casa e todo o “resto” para gerir. Esse sentimento está enraizado pelas gerações anteriores, pelas mudanças que promovemos na sociedade com as nossas atitudes buscando espaço e lugar ao sol. Mas tudo isso tem um preço, e o preço que as mulheres pagam é muito mais alto, pois vem com a desvalorização de quem nós somos, do julgamento de nossas atitudes, das roupas que vestimos e dos vieses inconscientes que a sociedade tem, e às vezes, nós mesmas conosco e com outras mulheres. 

A introdução da mulher no mercado de trabalho se deu com a I e II Guerra Mundial (1914 – 1918 e 1939 – 1945), quando os homens iam para as batalhas e as mulheres passavam a assumir os negócios da família e a posição dos homens no mercado de trabalho (LESKINEN, 2004), mas foi a partir de 1980 que as mulheres começaram a entrar com mais força, exercendo profissões importantes para o desenvolvimento da sociedade. Da mesma forma, quando assumiram uma posição em dizer não a um casamento que não fazia mais sentido e aos afazeres do lar, apenas. Esse novo posicionamento começou a fazer a cabeça das novas gerações que perceberam que não tinham que aceitar imposições e que podiam se divorciar, trabalhar e conquistar a independência. Da mesma forma, com a situação econômica cada vez mais complicada em que as famílias não conseguiam mais se manter com o salário apenas do homem na casa fazendo com que a renda das mulheres contribuísse com o sustento dos lares. Mas também com a mudança do comportamento de consumo, a partir do acesso à informação e do aumento do poder aquisitivo e da vontade de conquistar bens e facilidades para o dia a dia.

Mesmo com essas mudanças ainda hoje, após anos dessa entrada no mercado de trabalho, as mulheres ainda recebem menos que os homens, trabalham mais e ocupam no Brasil cerca de 37% dos cargos de liderança. E, vale ressaltar que a maior parte desses cargos são táticos e operacionais. A afirmação dessa visão parte de um estudo feito pela Heidrick & Struggles, companhia global de consultoria e seleção de altos executivos, que aponta que as mulheres representam apenas 1% dos CEOs das maiores empresas de capital aberto do Brasil e demais nichos 3,5%. Por outro lado, uma pesquisa feita pela Grant Thornton recentemente mostra uma queda de 1 p.p. de 2021 para 2022, quando a representatividade era de 39%. Porém, olhando o copo meio cheio, em 2 anos aumentamos de 25% para 38% a representatividade de lideranças femininas. Um salto que pode significar novos tempos. 

Em outra pesquisa feita pela ADECCO, consultoria mundial de recursos humanos e em entrevista à Forbes, a presidente francesa Corinne Ripoche, anunciou que o crescimento em empresas em que há mulheres CEOS é de 23%, se comparado a empresas com CEOs homens. E, isso porque as mulheres são resilientes, empáticas, e possuem uma visão autêntica do mundo dos negócios, bem como sensibilidade para assumir erros em prol do business, e na busca de soluções.

Sabendo desse potencial, o que nos falta para assumir mais posições de liderança? Neste ponto, retomo a provocação inicial em conhecermos a nós mesmas para termos a clareza do que torna cada uma de nós únicas, o que somente cada uma de nós faz que ninguém faz melhor.

Para mim, desde que comecei minha carreira sou apaixonada pela defesa do consumidor e as áreas de relacionamento dentro do marketing, e o quanto essas áreas são importantes para o crescimento dos negócios através da voz do cliente que gera insights promovendo mudanças na jornada dele com as marcas e empresas e que corroboram para a lealdade dos clientes. E, mesmo em tempos difíceis em que as áreas de atendimento tinham uma fama terrível, minha característica era de ser incansável na luta em trazer mais seniorização à área e em prol de transformar o atendimento das empresas na parte mais importante dentro do marketing de relacionamento.

Essa é uma das características que me tornou única em meio à muitas pessoas que desistiram, que não seguiram carreira na área. O que me faz diferente é a capacidade de ressurgir, como Fênix, com a coragem de enfrentar os medos para  romper as minhas limitações. 

E, é sobre esse tema que quero transcorrer, o quanto temos que nos conhecer e trabalhar as nossas dificuldades para potencializar as nossas fortalezas. Ninguém pode mudar cenários se não começar de dentro para fora. E, ninguém tem o direito de nos dizer que somos incapazes e nos limitar, pois só acontecerá se deixarmos. A Carreira e nosso posicionamento precisa estar em nossas mãos. E, para mim existe um frame e alguns passos primordiais a seguir para buscar o sucesso nesta trajetória:

1) Se conheça, se perdoe, se aceite, mas busque estar 1% melhor todos os dias;

2) Tenha empatia nas relações para se conectar com o mundo;

3) Pratique esportes, se exercitar é vital;

3) Leia e estude sempre;

4) Faça uma coisa diferente e que te dê um frio na barriga pelo menos uma vez no mês. A nossa mente precisa de desafios;

5) Cuide da mente e do coração, não vamos dar conta de tudo e está tudo bem, mas faça o seu melhor sempre dentro das condições que dispõe;

6) Se associe a algum órgão/instituição de apoio a causas nobres da sociedade, pois o bem que fazemos reverbera sempre, mesmo que inconsciente e nos dá uma felicidade que qualquer outra ação não pode nos entregar;


E, por fim, não permita que ninguém te diminua ou te diga que você não é capaz… Somos fortes e temos uma capacidade gigante de dar a volta por cima e mostrar a cada dia que temos a coragem para enfrentar nossos medos e transformar eles em pilares para o nosso crescimento…. Se você estiver em um lugar que te faz acreditar que você está limitada, e que precisa mudar para estar ali, esse lugar não te pertence, pois não há limites para quem conhece suas vulnerabilidades e tem coragem de vencer a si mesma! E, assim, somos nós mulheres…Temos asas, elas só estão escondidas. Logo, tire o casaco e as deixe aparecer, voe longe, você pode muito mais do que imagina!



Referências:

 
 
 

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